quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ascânio Lopes







Contemporâneo de Carlos Drummond de Andrade e de Pedro Nava na Belo Horizonte dos anos 20, o poeta Ascânio Lopes era uma promessa do modernismo mineiro. Infelizmente, Lopes não teve tempo de mostrar se essa promessa de fato daria frutos. Vítima de tuberculose, ele viveu menos de 23 anos. Ascânio Lopes Quatorzevoltas nasceu em Ubá (MG), em 1906, mas foi criado em Cataguases, onde faleceu, em 1929. O poeta transferiu-se para Belo Horizonte em 1925, onde cursou a escola de direito. Em 1928, já doente, retornou a Cataguases. Uma atividade marcante na curta vida de Ascânio Lopes foi sua participação no grupo que fundou a revista Verde, publicada em Cataguases 1927 e 1929. Publicação modernista, a Verde reunia jovens como o romancista Rosário Fusco e o poeta Guilhermino César. Cataguases era um pólo de criação artística. Na mesma época, o cineasta Humberto Mauro, pioneiro do cinema brasileiro, havia montado na cidade sua produtora, a Phebo Sul America Film. Modernista de primeira hora, Ascânio Lopes se correspondia com Mário de Andrade e escrevia poesia, prosa, ensaio. Seus versos, como não podia deixar de ser, têm muitos traços do modernismo anos 20. O poema "Serão do Menino Pobre" até lembra o lirismo drummondiano de "Infância" (de Alguma Poesia, 1930). Ascânio: "Na sala pobre da casa da roça / papai lia os jornais atrasados. / Mamãe cerzia minhas meias rasgadas." Drummond: "Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. / Minha mãe ficava sentada cosendo. / Meu irmão pequeno dormia." Em textos como "Cena de Uma Rua Afastada" e "Minha Namorada", Ascânio Lopes mostra a irreverência da fase heróica do modernismo, com uma irresistível inflexão para o poema-piada. No primeiro, trata de um tema que jamais poderia ser motivo de poema nos padrões tradicionais. No outro, numa ironia bem ao estilo do "Desafinado" bossa-novista, queixa-se de uma namorada normalista que colocava bem os pronomes e detestava versos modernos. Em "O Chefe", o poeta se volta para a crítica aos desmandos dos potentados interioranos. Por fim, vem a nota mais doída. É a crônica amarga de um jovem que se vê definhar num hospital sem esperança de cura. "Sanatório", poema autobiográfico, é a página mais citada de Ascânio Lopes. Com a morte do poeta, a revista Verde se dissolveu. Os remanescentes publicaram ainda um último número, exatamente para homenagear o amigo morto. Sobre Ascânio escreveram nomes como Mário de Andrade, Antonio de Alcântara Machado e Carlos Drummond de Andrade. Em vida, Ascânio Lopes publicou apenas um livro, chamado Poemas Cronológicos (1928). Ao todo, sua obra resume-se a 48 poemas, um fragmento de novela, três ensaios e quatro resenhas. Todo esse material, mais outros documentos sobre o autor, está reunido no volume Ascânio Lopes – Todos os Possíveis Caminhos, do romancista cataguasense Luiz Ruffato. (fonte: Carlos Machado, in: www.algumapoesia.com.br)

Ary Barroso



Ary Evangelista Barroso nasceu em Ubá, no dia 07 de Novembro de 1903. Aos 18 anos, com uma herança de 40 contos de réis, muda-se para o Rio de Janeiro, para fazer a faculdade de Direito.
Foi seduzido pela música e pela boemia - o que lhe levou seus 40 contos em dois anos, e quando terminou sua faculdade de direito (9 anos depois), já era um músico respeitado e gravado pelos maiores intérpretes da época. Como radialista, criou o famoso Hora do Calouro, onde despontaram alguns dos maiores nomes da MPB, como por exemplo, Dolores Duran - que cantou uma música em inglês, com a perspectiva de um deboche de Ary Barroso, na época em plena fase do samba exaltação. Ary não só gostou como elogiou publicamente o jeito doce daquela menina cantar... Como compositor, nunca hesitava em substituir uma letra quando tinha certeza que a sua podia ser melhor. Foi assim quando, ouvindo Lamartine cantar Na Virada da Montanha (Na grota funda / Na virada da montanha / Vai haver muita façanha / Com o mulato da Raimunda), Ary escreveu, ali mesmo na mesa, a letra de um de seus grandes sucessos, No Rancho Fundo.

Ary foi o nosso porta-bandeira no exterior - foi o primeiro compositor brasileiro a ser ouvido e respeitado nos EUA - Aquarela do Brasil, sua mais famosa composição, é considerada um hino popular do Brasil e faz sucesso em todo o mundo. Morreu no Rio de Janeiro em 09 de Fevereiro de 1964.

Discografia selecionada:

1953 - Orlando Silva canta Ary Barroso - Primeiro Lp com suas músicas. Raridade absoluta;
1954 - Sílvio Caldas canta Ary Barroso - Rádio. Outra raridade.;
1956 - Ary Barroso pelo Trio Surdina - Polydor. O Trio Surdina foi talvez a mais importante formação instrumental dos anos 50. Tinha três gênios absolutos: Fafá Lemos no violino, o lendário Garoto na guitarra e o eterno parceiro de Radamés Gnatalli Chiquinho do Acordeon. O disco é datadaço com a estética da época, mas talvez esse mesmo seja seu encanto; LPs
1956 - Encontro com Ary - Copacabana. Jóia rara. Idéia brilhante, traz para o disco o clima do programa de rádio onde Ary, sentado no piano, tocava suas músicas, arriscava cantar uma que outra coisinha e, principalmente, confirmava sua fama de excelente papo. Dá de dez em qualquer Unplugged da MTV;
1957 - Garoto, Orquestra e Coro tocam Ary - Odeon. Garoto foi o maior violonista de seu tempo, um inovador dito por muitos como precursor da bossa-nova. Também fazia parte do já citado Trio Surdina;
1958 - Ary Caymmi & Dorival Barroso - Odeon. Produção de gênio da Aloysio de Oliveira, para seu selo Elenco. Metade das faixas tem o piano econômico de Ary acompanhado de baixo, bateria e percussão, tocando as maiores pérolas de Caymmi. As outras trazem o baiano, voz e violão, mostrando versões personalíssimas de sambas-canções de Ary. É luxo só; Foi relançado em CD como um dos discos da espetacular caixa com todos os LPs do Caymmi.
1959 - Meu Brasil Brasileiro (c/ Orquestra de Ary) - Odeon. A Orquestra de Ary Barroso, uma das melhores que esse país já teve, arranjada pelo gênio de Léo Peracchi. Esse LP que é inacreditável por vários motivos. Apenas dois deles são a estupenda qualidade de gravação e o arranjo de Na Baixo do Sapateiro - muito à frente de sua época e de dar inveja ao Stan Kenton. De brinde, o piano enxuto e malemolente de Ary. O disco tem um ou dois corinhos safados, mas são coisas dos anos 50, fazer o quê;
1962 - Dois Amigos: Ernani Filho canta Ary Barroso - Odeon. Ernani foi um dos maiores amigos que Ary teve no final de sua vida. Muito mais jovem, foi infrutiferamente apadrinhado pelo velho. Mas não cantava mal, não;
1989 - Ary Barroso - Série Grandes Autores da MPB - Polygram;
1993 - Ary Barroso - Fundação AABB (lp triplo). Esse você vai ter de se virar pra achar, mas vale à pena. O disco não teve lançamento comercial, e a Associação Atlética do Banco do Brasil distribuiu como brinde de fim-de-ano. Mas só as faixas com o cantor Roberto Paiva já valem a procura. Paiva - como bem lembrou Caetano no encarte de Tropicália II - é o elo perdido entre Mário Reis e João Gilberto, e, na época da gravação, ainda estava em plena forma. Além disso, vários dos músicos que acompanham os cantores foram da orquestra do próprio Ary. Peça pro seu gerente vasculhar os arquivos do Banco senão você cancela a conta.
Cds 1980 - Aquarela do Brasil - Songbook de Ary, pela Gal Costa. Relançado em CD, é um primor de bom-gosto. Gal optou pelo lado mais moderno do compositor, com versões quase pop em alguns casos, mas sempre acertadas. A sua interpretação de Faceira só não é definitiva por causa da original, com Sílvio Caldas e o baterista Luciano Perrone esbanjando malemolência. Quando saiu, o disco vendeu muito e tocou horrores no rádio, lembrando a muita gente quem tinha sido Ary Barroso;
1991 - Ary Amoroso - Sony. Songbook de Ary, pela divina Elizeth, gravado pouco antes da morte dela. Também relançado em CD. Imbuída da sua magistral elegância, Elizeth chamou Rafael Rabello, Maurício Carrilho, Marcos Suzano e uma turminha desse calibre pra fazer com ela um disco definitivo. Se você só puder comprar um disco pra sacar Ary, nem pisque antes de escolher esse. Sem dúvida, o próprio faria o mesmo, ele que passou a vida enchendo Elizeth de elogios - não só musicais, diga-se de passagem. O medley de Caco Velho com Na Batucada da Vida é de arrancar todos os dentes da boca. Só tem à sua altura a versão de Elis - do álbum Elis, de 74, que também vale uma escutadinha.
1993 - O Mais Brasileiro dos Brasileiros - Revivendo. CD. Pra quem tá a fim de gravações originais de época, a pedida é essa. As maiores pérolas de Ary, gravadas entre o final dos anos 20 e os 40. Só a lendária gravação original da Aquarela com o Arranjo de Radamés vale a compra. Mas tem muito mais. Seria a segunda opção, depois de Ary Amoroso;
1995 - Songbooks Ary Barroso (3 CDs) - Lumiar. Uma beleza em três volumes. Tem os melhores nomes da MPB, de Tom Jobim e Dorival Caymmi a Dino Sete Cordas e Carmen Costa, cantando um repertório que vai dos standarts mais óbvios até músicas quase desconhecidas de Ary, arranjadas pelos maiores craques do ramo. Discoteca básica. É, disparado, um dos melhores trabalhos da gravadora-editora Lumiar.

Antônio Olinto






Antonio Olinto (nome completo: Antonio Olyntho Marques da Rocha, nasceu em Ubá no ano de 1919, e foi batizado no Piau, Minas Gerais) estudou Filosofia e Teologia nos seminários católicos de Campos, Belo Horizonte e São Paulo. Tendo desistido de ser padre, foi durante 10 anos professor de Latim, Português, História da Literatura, Francês, Inglês e História da Civilização, em colégios do Rio de Janeiro. Publicou então seu primeiro livro de poesia, "Presença". Foi secretário do "Grupo Malraux" tendo organizado a 1ª exposição de poesias, montada na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

     Juntamente com sua atividade de professor ingressou no setor publicitário e no jornalismo. Seu livro "Jornalismo e Literatura" foi adotado em cursos de jornalismo em todo o Brasil. Da mesma época é seu livro de ensaios o "Diário de André Gide". Crítico literário de O Globo ao longo de 25 anos, colaborou em jornais de todo o Brasil e de Portugal. Convidado para as comemorações do Cinqüentenário do Prêmio Nobel em 1950, fez então conferências nas universidades de Estocolmo e Uppsala e entrevistou Willian Faulkner, Bertrand Russell e Per Lagerkvist.

     Em 1952, a convite do Departamento de Estado dos Estados Unidos, percorreu 36 estados norte-americanos fazendo conferências sobre cultura brasileira. Teve publicados na década de 50 quatro volumes de poesia e dois de crítica literária. Nomeado Diretor do Serviço de Documentação do Ministério de Viação e Obras Públicas, ali lançou a Coleção Mauá, de livros técnicos, promoveu Salões de pintura dedicados a obras que privilegiassem ferrovias, estradas e os caminhos do mar e dirigiu a revista Brasil Constrói, redigida em 4 idiomas. Data dessa época o lançamento de mais de trinta concursos literários ligados a livros (exemplos: as melhores vitrines com livros, cartilhas, contos esportivos), culminando com o lançamento do Prêmio Nacional Walmap, considerado o pioneiro dos grandes prêmios literários do país.

     Nomeado Adido Cultural em Lagos, Nigéria, pelo governo parlamentarista de 1962, em quase três anos de atividade, fez cerca de 120 conferências na África Ocidental, promoveu uma grande exposição de pintura brasileira sobre motivos afro-brasileiros, colaborou em revistas nigerianas, enfronhou-se nos assuntos de nova África independente e, como resultado, escreveu uma trilogia de romances - "A Casa da Água", "O Rei de Keto" e "Trono de Vidro" - hoje traduzidos para dezenove idiomas (inglês, italiano, francês, polonês, romeno, macedônio, croata, búlgaro, sueco, espanhol, alemão, holandês, ucraniano, japonês, coreano, galego, catalão, húngaro e árabe) e com mais de trinta edições fora do Brasil. Seu livro "Brasileiros na África", de pesquisa e análise sobre o regresso dos ex-escravos brasileiros ao continente africano tem sido, desde sua publicação em 1964, motivo de teses, seminários e debates.

     De 1965 a 1967 foi Professor Visitante na Universidade de Columbia em Nova York, onde ministrou um curso sobre Ensaística Brasileira. Na mesma ocasião, fez conferências nas Universidades de Yale, Harvard, Howard, Indiana, Palo Alto, UCLA, Louisiana e Miami. Escreveu uma série de artigos sobre a Escandinávia, o Reino Unido e a França. Em 1968 foi nomeado Adido Cultural em Londres, onde desenvolveu uma atividade incessante, através de conferências e um mínimo de 100 exposições ao longo de cinco anos. Membro do PEN Club do Brasil, ajudou a organizar 3 congressos do PEN Internacional no Brasil: em 1959, 1979 e 1992. Passou a participar também das atividades do PEN Internacional, com sede em Londres, tendo sido eleito, no começo dos 90, para o cargo de Vice-Presidente Internacional. Na qualidade de "Visiting-Lecturer" vem dando cursos de Cultura Brasileira na universidade inglesa de Essex.

     Dirigiu e apresentou os primeiros programas literários de televisão no Brasil na TV Tupi, e em seguida nas Tvs Continental e Rio. Fez conferências sobre cultura brasileira em universidades e entidades culturais em Tóquio, Seul, Sidney, Luanda, Maputo, Dacar, Lomé, Porto Novo, Lagos, Ifé, Warri, Abidjan, Tanger, Arzila, Buenos Aires, Lisboa, Coimbra, Porto, Madri, Santiago, Barcelona, Lion, Paris, Marselha, Milão, Pádua, Veneza, Bérgamo, Florença, Roma, Belgrado, Zagreb, Bucareste, Sófia, Varsóvia, Cracóvia, Moscou, Estocolmo, Copenhague, Aarhus, Londres, Manchester, Liverpool, Colchester, Newcastle, Edimburgo, Glasgov, St. Andrews, Oxford, Cambridge, Bristol, Dublin. Conheceu, em 1955, a escritora e jornalista Zora Seljan, com quem se casou. A partir de então, os dois trabalharam juntos em atividades culturais e literárias.

     Quando Antonio Olinto foi crítico literário de "O Globo", Zora Seljan assinava a crítica de teatro no mesmo jornal, sendo que às vezes as duas colunas saiam lado a lado na página. Antes de os dois seguirem para a Nigeria, já Zora havia escrito a maioria de suas peças de teatro afro-brasileiras, das quais, mais tarde, em Londres, uma delas, "Exu, Cavalheiro da Encruzilhada" seria levada em inglês por um grupo de atores ingleses e americanos, sob a direção de Ray Shell que participara da produção de "Jesus Christ Superstar". Na Nigéria Zora Seljan foi leitora na Universidade de Lagos. De volta da África, Antonio Olinto publicaria um relato de sua missão ali, "Brasileiros na África", Zora Seljan lançaria dois livros: "A Educação da Nigéria" e "No Brasil ainda Tem Gente da Minha Cor?".

     Em 1973, os dois fundaram um jornal em Londres e em inglês, "The Brazilian Gazette", que vem existindo continuamente desde então. Recebeu em 1994 o "Prêmio Machado de Assis", por conjunto de obras, da Academia Brasileira de Letras, a mais alta laúrea literária do Brasil. Antonio Olinto e Zora Seljan foram eleitos para o conselho fiscal do Sindicato dos Escritores, em 7 de maio de 1997. Em 31 de Julho de 1997, foi eleito para Academia Brasileira de Letras na cadeira nº 8, sucedendo o escritor Antonio Callado. Foi eleito para o cargo de Tesoureiro na gestão de 1998 e também Diretor das Publicações do mesmo ano.

     Em 2002 foi nomeado pelo Ministro da Cultura para presidir a Comissão Nacional do Centenário de Ary Barroso, também ubaense, comemorado em 07-11-2003. Faleceu em sua residência, no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro de 2009. Sua obra abrange poesia, romance, ensaio, crítica literária e análise política:

Poesia
• Presença - poesia, Editora Pongetti, 1949.
• Resumo - poesia, Liv. José Olympio Editora, 1954.
• O Homem do Madrigal - poesia, Liv. José Olympio Editora, 1957.
• Nagasaki - poema, Liv. José Olympio Editora, 1957.
• O Dia da Ira - poema, Liv. José Olympio Editora, 1959.
• The Day of Wrath - tradução inglesa de "O Dia da Ira", por Richard Chappell, edição Rex Collings, Londres, 1986.
• As Teorias - poesia, Edição Sinal, 1967.
• Theories and Other Poems - tradução inglesa de "As Teorias" por Jean McQuillen, edição Rex Collings, 1972.
• Antologia Poética - Editora Leitura, 1967.
• A Paixão Segundo Antonio - poema, Editora Porta de Livraria, 1967.
• Teorias, Novas e Antigas - poesia, Editora Porta de Livraria, 1974.
• Tempo de Verso - poesia, Editora Porta de Livraria, 1992.

Ensaio
• Jornalismo e Literatura - ensaio, MEC, 1955.
• O "Journal" de André Gide - ensaio, MEC, 1955.
• Dois Ensaios - Livraria São José, 1960.
• Brasileiros na África - ensaio sócio-político, Edições GRD, 1964.
• O Problema do Índio Brasileiro - ensaio, Embaixada do Brasil em Londres, 1973.
• Para Onde Vai o Brasil?, ensaio político, Editora Arca, 1977.
• Do Objeto Como Sinal de Deus - ensaio sobre arte africana, RIEX, 1983.
• On the Objects as a Sign from God - tradução inglesa de Ira Lee, RIEX, 1983.
• O Brasil Exporta - história da exportação brasileira, Banco do Brasil, 1984.
• Brazil Exports - tradução inglesa, Banco do Brasil, 1984.
• Literatura Brasileira, Editora Lisa, 1994.
• Letteratura Brasiliana -( história da literatura brasileira ), tradução italiana de Adelina Aletti, Jaca Book, 1993.
• Scurt Istorie a Literaturii Braziliene (1500-1994), tradução romena de Micaela Ghitescu, Editora ALLFA, 1997.

Artes Plásticas
• African Art Collection, tradução inglesa de Ira Lee, Printing and Binding, Londres, 1982.

Crítica Literária
• A Invenção da Verdade - crítica de poesia, Editorial Nórdica, 1983
• A Verdade da Ficção - crítica literária, COBRAG, 1966
• Cadernos de Crítica - crítica literária, Liv. José Olympio Editora, 1958

Literatura Infantil
• Ainá no Reino do Baobá - Literatura Infantil, LISA, 1979

Romance
• A Casa da Água - romance, Edições Bloch, 1969
• A Casa da Água - romance, Círculo do Livro, 1975
• A Casa da Água - romance, Círculo do Livro, 1988
• A Casa da Água - romance, Difel, 1983
• A Casa da Água - romance, Nórdica, 1988
• A Casa da Água – romance, 5ª edição, Nova Fronteira, 1999
• The Water House - tradução inglesa de Dorothy Heapy, Edição Rex Collings, 1970
• The Water House - tradução inglesa de Dorothy Heapy, Thomas Nelson and Sons Ltd, Walton-on-Thames, 1982
• The Water House - tradução americana Carrol & Graff, 1985
• La Maison d'Eau - tradução francesa de Alice Raillard, Edição Stock, 1973
• La Casa del Água - tradução argentina de Santiago Kovadlof, Editorial Losada, 1973.
• La Casa del Água - tradução argentina de Santiago Kovadlof, Editorial Losada, 1972.
• Bophata Kyka,( Macedônio ), Macedônia Makepohcka Khnra (km), Skopje, 1992.
• Dom Nad Woda - tradução polonesa de Elizabeth Reis, edição Wydawnictwo Literackie, 1983. ( Dom Nad Woda, edição Braille polonês, Polska Braille, 1985)
• Casa dell'Acqua - tradução italiana de Sonia Rodrigues, Edição Jaca Book, 1987.
• O Cinema de Ubá - romance, Liv. José Olympio Editora, 1972.
• Copacabana - romance, LISA, 1975.
• Copacabana - romance, Coleção Lisa Biblioteca da Literatura Brasileira (nº 5), LISA, 1975
• Copacabana - romance, Editora Nórdica, 1981.
• Copacabana - tradução romena de Micaela Ghitescu, Univers, 1993.
• O Rei de Keto - romance, Editorial Nórdica, 1980.
• Le Roi de Ketu, tradução francesa de Geneviève Leibrich, Edição Stock, 1983.
• Il Re di Keto, tradução italiana de Sonia Rodrigues, Edição Jaca Book, 1984.
• The King of Ketu - tradução inglesa Richard Chappell, edição Rex Collings, Londres, 1987.
• Kungen av Ketu - tradução sueca de Marianne Eyre, Edição Norstedts, Estocolmo, 1988.
• Os Móveis da Bailarina - novela, Edição Nórdica, 1985.
• The Dancer's Furniture - tradução inglesa de C. Benson, Editorial Nórdica, 1994.
• I Mobili della Ballerina - tradução italiana de Bruno Pistocchi, L`Umana Avventura, 1986.
• Les Meubles de la Danseuse, tradução francesa, L`Aventure Humaine, 1986.
• Die Möbel der Tänzerin, tradução alemã, "Humanis", 1987.
• Mobilele Dansatoarei - tradução romena de Micaela Ghitescu, Edição Nórdica, 1994.
• Trono de Vidro - romance, Editorial Nórdica, 1987
• Trono di Vetro - tradução italiana de Adelina Aletti, Jaca Book, 1993.
• The Glass Throne, tradução inglesa de Richard Chappell, Sel Press, 1995.
• Tempo de Palhaço - romance, Editorial Nórdica, 1989.
• Timpul Paiatelor - tradução romena de Micaela Ghitescu, Editura Univers, Bucaresti, 1994.
• Sangue na Floresta - romance, Editorial Nórdica, 1993.
• Alcacer-Kibir - romance histórico, Editora CEJUP, 1996.
• A dor de cada um – romance, Editora Mondrian, 2001.
• Ary Barroso, história de uma paixão, Editora Mondrian, 2003.

Conto
• O menino e o trem – conto, Editora do Livro Técnico, 2000.

Gramática
• Regras práticas para bem escrever/Laudelino Freire (1873-1937) — ampliada e atualizada por Antonio Olinto, Lótus do Saber Editora, 2000.

Dicionário
• Minidicionário Poliglota – Editora Lerlisa
• Minidicionário Antonio Olinto: inglês-português, português-inglês – dicionário, Editora Saraiva, 1999.
• Minidicionário Antonio Olinto: espanhol-português, português-espanhol – dicionário, Editora Saraiva, 2000.
• Minidicionário Antonio Olinto da língua portuguesa – dicionário, Editora Moderna.

Atual Prefeito












VADINHO BAIÃO nasceu em Ubá, em 07 de março de 1959, filho de Agenor Albino Sobrinho e Ina Baião Albino. É casado com a psicóloga Gisela Haikal e pai de Mariá, Davi e Nina. É tecnólogo em Cooperativismo, formado pela Universidade Federal de Viçosa, em 1983.

Vadinho inicia a carreira política em 1979, participando da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) de Belo Horizonte, em 81 também ajuda a fundar o PT de Ubá.

Foi eleito vereador em Ubá por duas vezes (1996 e 2000). Em 2004, exerceu mandato de Deputado Federal, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e disputou a Prefeitura de Ubá, ficando em segundo lugar. Em 2005, reassumiu a cadeira parlamentar de Deputado Federal, no biênio 2005 / 2006.

Foi eleito Prefeito de Ubá em 05/10/08, também pelo PT, com 63,41% dos votos válidos.






segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Características e indicadores

Características geográficas
Área407,699 km²
População99.708 hab. est. IBGE/2009 [2]
Densidade231,5 hab./km²
Altitude338 m
ClimaTropical Aw
Fuso horárioUTC-3
Indicadores
IDH0,773 médio PNUD/2000 [3]
PIBR$ 786,052 milhões IBGE/2006 [4]
PIB per capitaR$ 7.958,00 IBGE/2006 [4]

Manga Ubá

Em meio à grande variedades de mangas existentes, uma delas é conhecida como Manga Ubá. Da família das Anacardiaceae, a espécie Mangifera indica L. cresce em abundância dentro da cidade e nos arredores, presente nos quintais das casas e na margem das rodovias. A Manga Ubá é dos mais antigos e espontâneos ícones da cidade. O saboroso fruto identifica Ubá como também a cidade identifica a manga. E não há ubaense que não se orgulhe disso.
Certamente não é bela como a Manga Rosa ou Tommy, tem um aspecto escurecido quando muito madura, mas é das mais doces e saborosas. Além de ser muito apreciada in natura, a manga é utilizada como ingrediente em muitas receitas de doces caseiros e industrializados.
Em 13 de dezembro de 2003, por meio do decreto número 4.258, o fruto foi oficialmente declarado "Patrimônio Natural de Ubá" e a "Mangada de Manga Ubá", registrada como "Patrimônio Imaterial do Município".
Ficheiro:Manga Ubá.jpg

Pólo Moveleiro

O pólo moveleiro de Ubá, juntamente com outras oito cidades vizinhas (Guiricema, Guidoval, Piraúba, Rio Pomba, Rodeiro, São Geraldo, Tocantins e Visconde do Rio Branco), é considerado o principal de Minas Gerais. O pólo formado, em sua maioria, por micro e pequenas indústrias faz do setor a principal atividade econômica da região e o mais importante arrecadador de impostos. Cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos são gerados em aproximadamente 400 empresas que fazem parte do pólo, porém o número de empresas do setor somente na cidade é superior a 500 empresas.
As indústrias moveleiras tiveram seu começo há mais de oito décadas. O Pólo Moveleiro começou com pequenas marcenarias que tiveram a iniciativa de fabricar móveis para suprir as necessidades do lar. Após a Segunda Guerra Mundial, João Rosignoli, instalou sua marcenaria no Lavapés. A primeira fábrica a operar em Ubá foi dos Irmãos Trevizano, progredindo e afamando-se na fabricação de móveis no rebuscado estilo chippendale[6], e a primeira a produzir em série foi de José Francisco Parma que fabricava armários, guarda roupas, sofás e esquadrias.[7]
A madeira utilizada na fabricação de alguns móveis, era extraídas dos caixotes que vinham embalando mercadorias para o Armarinho Santo Antônio. Após José Francisco Parma abrir a primeira fábrica, a segunda foi de Edgar e Edwar Cruz que juntaram com Luizinho Parma e criaram a firma Parma e Cruz. O terceiro foi Maurício Singulane. José Francisco Parma incentivou seus amigos e parentes para também fabricarem móveis. Associou-se a Agostinho Sales Amato e Louro Parma, surgindo, desta união, a firma J. Parma e Cia.